Indiretas: quando a carapuça serve
- Isabel Debatin

- 19 de set.
- 1 min de leitura
Atualizado: 22 de set.
Sempre gostei de compartilhar textos que falam comigo. Quando algo me atravessa, penso: “se é verdade pra mim, pode ser pra alguém também”. Só que já vivi situações em que pessoas com quem eu já tive algum tipo de conflito (por menor que fosse) leram esses textos como indireta, e se sentiram atacadas (é claro).
No fundo, é isso mesmo: quando a carapuça serve, incomoda. Mas há duas formas de reagir: refletindo ou atacando. As boas pessoas, as que realmente querem evoluir, leem e pensam: “isso poderia ser sobre mim”. Já as que não conseguem encarar seus próprios erros, devolvem com mais veneno.
E o curioso é que, muitas vezes, nem é sobre elas. Outras pessoas, que não estavam nem no enredo da minha dor, também se identificam. Por quê? Porque em algum momento também magoaram alguém, também se arrependeram, também erraram. É natural. Eu mesma já li coisas de desconhecidos e senti o peso de algo que fiz e não gostaria de ter feito.
O que a gente precisa entender é que nem tudo é sobre a gente. Mas, quando parece ser, talvez seja a hora de olhar pra dentro. Se um texto te afeta, é porque ele encontrou algo mal resolvido em você. Se não tem nada a ver, ele passa batido.
No fim, uma indireta fala menos sobre quem posta e mais sobre quem sente.



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