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Entre o low profile e o daily: onde é que a gente se encaixa?

  • Foto do escritor: Isabel Debatin
    Isabel Debatin
  • 18 de set.
  • 1 min de leitura

Nossas escolhas, muitas vezes, viram também cobranças. A gente decide postar, ou não postar, e de repente isso se transforma em mais uma pressão.


No ano passado, os dailies ganharam espaço no Instagram. A lógica era simples: “quero ser eu mesma, mas não posso ser eu mesma diante de quem já me segue”. Então criaram perfis paralelos, uma segunda vida digital onde cabiam autenticidade, desabafo e rotina sem filtro. Muitas dessas meninas, que começaram assim, hoje viraram influenciadoras.


Logo depois, veio o movimento low profile. E aí, o que antes era “cringe” virou tendência: não postar nada, esconder o feed, usar VSCO, se ausentar das redes virou o novo “chique”. Ao mesmo tempo, os vlogs de rotina e os dailies continuaram crescendo, criando esse contraste curioso: de um lado, quem some; do outro, quem compartilha cada detalhe.


E nós? Ficamos no meio. Perdidos entre duas forças que se contradizem. Um dia dá vontade de sumir e ser low profile. No outro, dá vontade de postar tudo, mas bate a dúvida: vale a pena abrir mão dos seguidores para falar só para vinte? Vale a pena se ausentar e parecer que não existe?


A verdade é que esse limbo é coletivo. A internet hoje nos oferece dois extremos, mas nem sempre nos dá espaço para estar no meio. E talvez o desafio seja esse: entender que nossas escolhas digitais não precisam ser definitivas, nem precisam caber em um rótulo.


No fim, a cobrança não vem do Instagram. Vem de nós mesmos.

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