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Pra quem sente que o ano voou, mas ainda quer viver com calma

  • Foto do escritor: Isabel Debatin
    Isabel Debatin
  • 1 de jul.
  • 2 min de leitura
Um texto sobre o meio do caminho, os ciclos pessoais e o fôlego do meio do ano
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Julho chega sem muito alarde. Mas, mesmo silencioso, ele carrega uma potência discreta: a de marcar a metade do caminho. É quando a gente percebe que o ano já não é mais novo , mas também está longe de acabar.


E talvez o mais importante seja isso: entender que cada pessoa vive o seu tempo. Nem todo mundo vive no mesmo ritmo. Enquanto alguns já refizeram metas duas vezes, outros ainda estão tentando levantar do tombo de janeiro. E tudo bem. Cada pessoa tem seu próprio calendário emocional. O tempo do outro não precisa ser o seu.


Julho não precisa ser um mês de cobrança, de comparação. Veja como um ponto de apoio. Um novo fôlego. Um recomeço [ou uma continuidade] que não exige planos mirabolantes, só presença.


Nesse 2025 acelerado, em que tudo parece urgente, tem crescido também o desejo por pausas. Pelo offline. Por não transformar toda experiência em conteúdo. Por voltar a sentir o cheiro do bolo assando e não da notificação chegando. Por andar de bicicleta sem mostrar isso. Por viver sem postar.


Julho pode ser esse lugar de retorno. De respirar. De buscar o que te acalma no meio de um mundo que não para de explodir — literalmente. A gente tem vivido dias difíceis, notícias tristes, inseguranças globais. E não dá pra fingir que isso não afeta. Mas dá pra escolher onde a gente se ancora.


E às vezes, esse porto seguro é voltar pra algo simples: um caderno, uma receita de família, um fim de tarde em silêncio. Retomar rituais esquecidos. Desacelerar por escolha, não por colapso.


Julho não te cobra chegada — ele te oferece reconexão. E isso já é um bom começo.



 
 
 

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