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Checklist afetivo dos 30+: o que importa mais do que sucesso?

  • Foto do escritor: Isabel Debatin
    Isabel Debatin
  • 10 de jul.
  • 3 min de leitura
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Quando a gente era criança, ouvia que os 30 anos eram a metade da vida. Talvez porque nossos bisavós, talvez até avós, viveram até os 60. Ou então porque esse número redondo carrega uma certa expectativa de “ter chegado lá”.


Hoje, a expectativa de vida no Brasil é de 77 anos, segundo o IBGE. Mas, mesmo com esses dados, ainda carregamos no inconsciente a sensação de que, ao fazer 30, alguma coisa deveria estar resolvida.

Só que... o que exatamente?


Casa própria, carro quitado, sucesso profissional, viagens internacionais, um currículo de respeito e a vida “no lugar”? Bom, a régua mudou. Ou melhor: está mudando.


A geração dos 30+ está começando a questionar o que realmente importa. E muitas vezes, o sucesso mais valioso nem aparece no LinkedIn, mas na terapia, na paz de um sábado em silêncio, na coragem de dizer “isso não me serve mais”.

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O que muda depois dos 30?

A maturidade dos 30 é diferente. É quando a gente vira adulto “de verdade”, não pela certidão, mas pelas escolhas. Começa a entender que algumas metas não fazem mais sentido, que certas conquistas são mais emocionais do que materiais. E que, sim, tudo bem mudar o rumo, mesmo depois de anos investindo em algo.


Hoje eu sou mãe de dois filhos, noiva, com casa e carro próprios. Mas também com dúvidas, recomeços e novas perguntas. E talvez o mais importante: com uma liberdade que talvez eu não acreditasse ter aos 25, a liberdade de escolher diferente.


Entretanto, a culpa é uma companheira de anos.. E ela ainda existe. Culpa por não querer mais o que um dia desejei. Culpa por desacelerar. Mas agora, junto com a culpa, vem o entendimento. O corpo pede pausa. A mente exige clareza. E a vida não precisa ser vivida toda agora. Ela se estende, se move, se transforma, desde que a gente esteja disposto a escutar.


O que é inegociável pra mim

  • Terapia. Porque o autoconhecimento muda tudo;

  • Estar com minha família;

  • Conversas profundas;

  • Ambientes que me façam bem;

  • Silêncio quando for necessário;

  • E distância de quem me confunde mais do que me acolhe.

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Levei um tempo pra criar essa lista com afinco, e isso só foi graças as decisões difíceis que tomei nos últimos anos. Também mudei de profissão, depois de anos me dedicando com freneticamente. Escolhi sair de um caminho estável, financeiramente, inclusive, para buscar algo que fizesse mais sentido. Algo que me deixasse mais em paz comigo mesma. E isso... não tem preço.


Ao me ouvir mais, comecei a atrair experiências e relações mais verdadeiras. E, ao mesmo tempo, perdi outras, algumas de forma natural, outras mais abruptas. Mas hoje eu enxergo que aquilo que a gente não aceita mais não é rejeição: é crescimento. E, com o tempo, a gente até passa a desconfiar de quem tenta agradar todo mundo.

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O conselho que eu daria pra mim aos 25

Aproveita. Vive tudo, sem medo. Trabalha, ama, dança, erra, tenta de novo. Em determinado momento você vai se deparar com necessidades que vão além. E isso vai exigir responsabilidade pelas escolhas que a gente faz lá atrás. Você vai se arrepender de algumas coisas? Talvez. Mas vai aprender que perder oportunidades é parte da vida. E que dá pra criar outras. O problema dos outros é dos outros. Cuida de você. Porque pode ser que, quando precisar, nem todo mundo que você cuidou esteja lá por você.


Checklist afetivo dos 30+

  • Você tem com quem conversar sem se explicar?

  • Você sabe dizer não sem se sentir egoísta?

  • Você sente paz no seu próprio silêncio?

  • Você está vivendo pra si ou pra provar algo pros outros?

  • Você respeita seu corpo quando ele pede pausa?

  • Você sabe a diferença entre estar sozinha e estar em paz?


Se sim, talvez você já esteja mais perto do que realmente importa!

 
 
 

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