top of page

Pensamentos intrusivos: como aprendi a entendê-los e a lidar com eles

  • Foto do escritor: Isabel Debatin
    Isabel Debatin
  • 4 de ago. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 24 de fev.

ree

Há momentos em que nossa mente parece ganhar vida própria, trazendo à tona pensamentos que nos assustam, incomodam e nos fazem questionar a nós mesmos. Se você já passou por isso, saiba que não está sozinho. Hoje, quero compartilhar uma reflexão sobre os pensamentos intrusivos e como aprender a lidar com eles pode trazer mais leveza ao nosso dia a dia.


Por muito tempo, tive pensamentos que pareciam não fazer sentido e me cobrava muito por isso. Eu me perguntava: “Como posso pensar algo tão estranho, tão autodestrutivo? Como posso ter pensamentos que vão contra tudo o que acredito?” Durante anos, carreguei essa angústia, até que um dia, encontrei relatos de outras pessoas que passavam pelo mesmo. Foi um alívio perceber que não era um caso isolado.


O que são pensamentos intrusivos?


Os pensamentos intrusivos são aqueles que surgem de forma inesperada e muitas vezes repetitiva, causando desconforto e ansiedade. Eles podem ser perturbadores e difíceis de controlar, levando muitas pessoas a se sentirem angustiadas ou até culpadas por tê-los.


Pesquisas na área da psicologia indicam que esses pensamentos são uma parte comum da experiência humana. Todos nós os temos em algum momento, mas a forma como lidamos com eles é o que define seu impacto. Quanto mais tentamos suprimi-los, mais insistentes podem se tornar.


Como eles se manifestam?


Pensamentos intrusivos podem aparecer de diversas formas: o medo irracional de machucar alguém, a preocupação excessiva com detalhes do dia a dia, como verificar portas ou fogões repetidamente, o medo intenso de doenças sem evidência real ou até mesmo questionamentos sobre identidade e crenças. Eles não refletem quem somos de verdade, apenas surgem sem controle e, muitas vezes, desaparecem da mesma forma repentina.


A importância de buscar apoio profissional


Ter pensamentos intrusivos não significa que há algo errado com você. No entanto, se eles se tornam intensos e começam a afetar sua qualidade de vida, buscar apoio profissional pode ser um grande passo para compreender e gerenciá-los. A terapia cognitivo-comportamental é uma abordagem eficaz para ajudar a ressignificar esses pensamentos e reduzir sua frequência.


No meu caso, entender que esses pensamentos não me definem foi essencial. Percebi que eles aparecem com mais frequência em momentos de estresse, cansaço ou vulnerabilidade emocional. Aceitar que eles vêm e vão sem precisar dar tanta importância a cada um deles trouxe mais equilíbrio para minha vida.


Como tenho lidado com eles


Uma das principais mudanças foi parar de me culpar e entender que não sou meus pensamentos. Hoje, reconheço que eles surgem sem que eu tenha controle, mas também sei que não preciso acatá-los. Comecei a redirecionar minha atenção para atividades que elevam meu humor e trazem bem-estar, como exercícios físicos, leitura e momentos de relaxamento. Pequenas mudanças, como praticar a gratidão e prestar atenção nos detalhes do meu dia, também fazem diferença na forma como encaro esses pensamentos.


A relação entre saúde mental e pensamentos intrusivos


Dados da Associação Brasileira de Psiquiatria indicam que condições como ansiedade e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) podem amplificar os pensamentos intrusivos. O Brasil está entre os países com maior índice de transtornos de ansiedade, o que reforça a importância de falarmos sobre esse tema com mais naturalidade.


Estratégias para lidar com pensamentos intrusivos


Muitas práticas podem ajudar a reduzir o impacto dos pensamentos intrusivos no nosso dia a dia. Técnicas de mindfulness e meditação auxiliam a observar os pensamentos sem se envolver emocionalmente com eles. Trabalhar a identificação e ressignificação de crenças irracionais pode ser um caminho para substituir padrões negativos por reflexões mais realistas. Além disso, atividades prazerosas e produtivas ajudam a desviar a atenção e trazer mais leveza para a rotina.


Algo que tem me ajudado bastante é escrever. Colocar os pensamentos no papel me permite organizá-los e reduzir sua intensidade. Manter um diário ou até mesmo compartilhar experiências em um blog pode ser uma forma terapêutica de lidar com eles.


Se você também convive com pensamentos intrusivos, saiba que não está sozinho. Buscar ajuda, conversar com pessoas de confiança e encontrar estratégias que funcionem para você são passos importantes para viver de forma mais tranquila. Espero que esse post tenha sido útil para você. Se fez sentido, compartilhe com alguém que possa precisar ler isso!



Um abraço carinhoso,

Isabel Debatin

 
 
 

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação

me Acompanhe nas redes sociais

bottom of page