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Desacelerar para viver: um não para a vida no x 2

  • Foto do escritor: Isabel Debatin
    Isabel Debatin
  • 23 de jul. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 24 de fev.



Nos últimos dias, me permiti dar um tempo das redes sociais. Senti que estava exausta, consumindo conteúdos que me deixavam ansiosa, desanimada e menos criativa. Quanto mais buscava me informar, mais percebia que estava me afastando do simples e do que realmente importa.


Vivemos em um mundo onde tudo acontece de forma acelerada. As redes sociais, que podem ser ferramentas de lazer, trabalho e conhecimento, também nos bombardeiam com informações constantes. Esse ritmo frenético tem seu preço, especialmente quando falamos de saúde mental.


O desejo de aproveitar melhor o tempo tem levado muitas pessoas a consumirem conteúdos em velocidade aumentada — seja em podcasts, vídeos ou até mesmo na leitura. Mas será que essa pressa está realmente nos beneficiando? Ou será que estamos apenas enchendo nossos dias com atividades sem fim, sem nos permitir uma pausa para respirar?


Quando a pressa nos rouba a paz

Esse excesso de estímulos tem contribuído para o aumento dos diagnósticos de ansiedade, especialmente entre os jovens. Normalizamos estar sempre ocupados, sempre correndo, sempre conectados. Mas será que essa é a única maneira de viver?


Estudos sobre produtividade indicam que quando tentamos fazer tudo ao mesmo tempo, acabamos nos sobrecarregando e não conseguimos entregar nosso melhor. Especialistas em bem-estar destacam que a felicidade genuína é encontrada no momento presente, e não na constante busca por um futuro idealizado. Pesquisas sobre qualidade de vida mostram que desacelerar ajuda a aproveitar melhor as experiências e a construir relações mais significativas.


Vivendo no piloto automático: como a pressa alimenta a ansiedade

A ansiedade sempre existiu, mas a forma como vivemos hoje intensificou esse problema. O medo de ficar para trás, a constante comparação e a necessidade de estar sempre produzindo fazem com que muitas pessoas estejam em um estado de alerta contínuo. A verdade é que, se não aprendermos a desacelerar, continuaremos alimentando um ciclo de exaustão.


Isso não significa que precisamos abandonar nossas responsabilidades, mas sim encontrar formas de viver com mais equilíbrio. Desacelerar não é ser menos produtivo, mas sim ser mais consciente e focado. E o melhor: sem transformar isso em mais uma cobrança.


Como desacelerar sem culpa e encontrar mais leveza

Incorporar pequenas mudanças na rotina pode fazer toda a diferença. A prática do mindfulness, por exemplo, ajuda a trazer a mente para o momento presente. Limitar o tempo nas redes sociais e filtrar o conteúdo que consumimos também é essencial para evitar o excesso de informações desnecessárias. Além disso, aprender a dizer "não" para atividades que drenam nossa energia e estabelecer períodos de desconexão digital pode trazer mais clareza mental e bem-estar.


Criar momentos de relaxamento também é fundamental. Atividades como leitura, caminhada ao ar livre ou até mesmo momentos de silêncio são formas de desacelerar e cultivar a presença. E, por fim, praticar a gratidão diariamente pode ajudar a mudar o foco da pressa para a apreciação do que já temos.


Desacelerar é um presente que você se dá

Em um mundo que valoriza a velocidade e a produtividade, desacelerar pode parecer um ato de rebeldia. Mas é uma escolha necessária para preservar nossa saúde mental e viver de forma mais plena. Todos precisamos descansar. Todos precisamos de pausas. E, ao contrário do que muitos pensam, essas pausas não nos tornam menos capazes — pelo contrário, nos fazem mais produtivos e equilibrados.


Se não priorizarmos nossas vidas, alguém o fará por nós. Então, que tal dar o primeiro passo e escolher um ritmo que realmente faça sentido para você?



Um abraço carinhoso,

Isabel Debatin

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