Cloud Dancer: a cor que traduz o momento
- Isabel Debatin

- 5 de dez.
- 1 min de leitura

A Pantone escolheu a cor de 2026 e, pela primeira vez, o destaque é um branco. À primeira vista, parece simples demais, mas isso diz muito sobre o nosso tempo.
Cloud Dancer não chega para impressionar. Chega para limpar o excesso. Num momento em que tudo parece barulhento: opiniões, timelines, rotinas. A escolha de um branco levemente acinzentado funciona quase como um contraponto. É como se a cor dissesse: “vamos organizar as coisas antes de adicionar mais”.
A própria Laurie Pressman, vice-presidente do Pantone Color Institute, resumiu bem essa intenção ao afirmar que “um branco leve e arejado, o Cloud Dancer exemplifica nossa busca por equilíbrio entre o futuro digital e a necessidade primordial de conexão humana.” Essa frase coloca a cor em perspectiva: ela não está apenas sinalizando uma tendência estética, mas um comportamento que vem se tornando urgente.
Estamos vivendo uma saturação visual e emocional. Muita informação, muitas demandas, pouca pausa. A cor do ano aponta para uma necessidade coletiva de reduzir o ruído, de priorizar, de ter clareza. Cloud Dancer não pede protagonismo, e justamente por isso faz sentido. Ela cria espaço. Espaço para pensar, para ajustar rotas, para redesenhar ideias. Num mundo que empurra o “mais”, a Pantone escolhe um tom que representa o “suficiente”.
A cor do ano não precisa ser chamativa para ser relevante. Em 2026, talvez o que mais faça sentido seja exatamente o contrário: um ponto de calma em meio ao excesso. Um respiro visual que conversa diretamente com o que muita gente está buscando na vida prática: foco, leveza, clareza.



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